Compreendendo os Sete Passos para a Autocura

A proposta dos Sete Passos para a Autocura é apresentar uma metodologia terapêutica apropriada para ajudar as pessoas que decidem trilhar o caminho da cura e da autotransformação, sem dispensar, naturalmente, os recursos disponíveis na medicina, na psicologia, nas abordagens terapêuticas e humanistas e nas ciências quânticas. A proposta visa integrar o investimento terapêutico aos recursos naturais próprios de cada pessoa. Para que essa integração ocorra é necessário comprometer-se com a certeza de que somos muito mais do que tudo o que temos realizado até o momento nos planos físico, mental e emocional. Torna-se fundamental percorrer um caminho dentro de si mesmo, acionando as potencialidades conhecidas e aquelas ainda por descobrir. Este caminho é uma oportunidade para revelar, a si próprio, potenciais positivos ainda ocultos da consciência.

1 – Conhecer: ampliar o saber sobre a doença para melhor lidar com ela;
2 – Aceitar: acolher a doença e o sofrimento decorrente e vê-los como sendo de sua responsabilidade e também como uma oportunidade de crescimento;
3 – Conectar-se: entrar em contato com seus aspectos sutis interiores e ampliar esta conexão a todos os seres vivos, ao planeta Terra e ao Universo;
4 – Potencializar a cura: limpar e desobstruir os centros receptores de cura com o objetivo de potencializar os efeitos das terapêuticas instituídas;

5 – Autotransformar-se (processo resiliente): abrir-se para o aprendizado trazido pela dor e pela doença, possibilitando um salto de consciência para uma vida mais plena e profunda;
6 – Agradecer: jamais vitimar-se, mas ser grato pelo despertar que o sofrimento e a doença lhe proporcionam;
7 – Disseminar: transmitir e compartilhar o aprendizado colhido pela experiência e pelas transformações vivenciadas.

Alguns desses passos são citados de alguma maneira por outros autores que buscam refletir sobre a superação das dificuldades e sobre o processo de cura. O que ofereço de novo é a sistematização de um processo para a consecução da caminhada, facilitando assim a avaliação das ações que vislumbrem a superação do sofrimento. Como referencial, minha reflexão está inserida nos preceitos das ciências emergentes e da neurociência, que respaldam a compreensão do conhecimento das energias sutis e de nossa multidimensionalidade como humanos.

Ao longo dos capítulos desta obra, discorrerei sobre cada um dos sete passos que acredito ser o caminho básico para a autocura. Irei aprofundar reflexões, enriquecendo-as com temas que fundamentam o processo autocu rativo, com a certeza de que, quanto mais compreendermos essa caminhada, maior será a possibilidade de alcançarmos nosso objetivo, que é a superação da doença e do sofrimento, e a vivência do bem-estar e a realização da plenitude.

Os Sete passos da Autocura, enquanto amenizam o sofrimento, induzem ao entendimento de seu significado transformador, aprimorando o ser na integralidade de sua essência, pela expansão da própria consciência e, por decorrência, da consciência coletiva.

Acredito ser fundamental ao processo de autocura a percepção de que somos seres cuja maturidade está atrelada ao crescimento de toda a coletividade e das demais espécies e reinos, também em evolução. Somos parte do Ser Humanidade, que cresce na medida em que todos evoluímos.

Capacidade de regeneração

No processo de superação das doenças faz-se necessário acionar nossas potencialidades noéticas, psíquicas, emocionais e neurofisiológicas. Para isso, devemos conhecer o poder latente dos mecanismos criativos do nosso organismo, sobretudo por meio do sistema nervoso e dos órgãos sensoriais. Atualmente, a neurociência se dedica à pesquisa desse tema, que subentende o potencial de expansão da capacidade psicocerebral. De fato, as atuais descobertas têm deixado de lado teorias e crenças antigas de que o cérebro seria um órgão estático e pouco suscetível a mudanças.

Em pleno século XXI o ser humano já transita por uma nova era de maior confiança em sua autonomia como ser cósmico com funções psíquicas de potencial transcendente.

Deepak Chopra e Rudolph Tanzi (2012) declaram que quanto mais os neurocientistas estudam o cérebro – órgão ainda enigmático – mais são evidenciadas potencialidades criativas até então desconhecidas. Esses autores falam das limitações antes atribuídas ao cérebro e que hoje estão superadas; são elas:

  • Um cérebro lesado não pode curar-se a si mesmo;
  • A estrutura básica do cérebro não pode ser mudada;
  • O envelhecimento cerebral é inevitável e irreversível;
  • O cérebro perde milhões de células ao dia, e essas células perdidas não podem ser substituídas;
  • As reações primitivas, como medo, raiva, inveja e agressividade, dominam o cérebro racional.

Esses conceitos estão superados. Sem dúvidas, o conhecimento atual da neurociência aponta para vislumbrar inúmeros recursos do cérebro que até pouco tempo não eram conhecidos. Estão sendo abertas possibilidades de transcendência e expansão da consciência em pleno processo de desenvolvimento. E nessa caminhada, a neurociência emergente nos oferece explicações científicas para muitos fenômenos inexplicáveis da mente.

Assim, ao propor o desenvolvimento da autotransformação e da autocura, estamos afinados com o rumo atual da neurociência: superar os mitos restritivos e desenvolver potencialidades cerebrais importantes ao desenvolvimento pessoal que, pela interação inerente às energias universais, é determinante de uma humanidade melhor.

Desde o século XVIII, os cientistas têm encontrado indícios da capacidade de regeneração dos neurônios periféricos, embora à época essas pesquisas não tenham vindo a público. Mas, com o desenvolvimento de estudos mais recentes, evidencia-se que o próprio sistema nervoso central pode se regenerar, graças ao fenômeno conhecido como neuroplasticidade, remodelando e remapeando suas conexões após lesões do tecido neuronal (CHOPRA; TANZI, 2012). No fenômeno da plasticidade cerebral ocorre um aumento significativo das conexões entre os neurônios, e dessa forma, amplia-se a capacidade psíquica, mesmo quando há perda quantitativa de neurônios, como por exemplo, no processo de envelhecimento e nas isquemias. Com esses novos conhecimentos, podem-se reavaliar e destronar os cinco equívocos limitantes acima descritos, e substituir por uma concepção mais ampla das potencialidades cerebrais.

Na prática da neurologia observam-se pessoas que se recuperam de perdas importantes causadas por lesões isquêmicas ou por traumatismos de cérebro e medula. Hoje, com os procedimentos de estimulação e potencialização dos neurônios saudáveis, consegue-se recuperar, total ou parcialmente, a função perdida e fazer com que a pessoa readquira movimentos e habilidades, o que antes era impensável. No processo de envelhecimento saudável, mesmo diante de perda significativa de neurônios ao longo da vida, a pessoa pode desenvolver a percepção da realidade com mais consistência e sabedoria devido à rica multiplicação de conexões dendríticas3 entre as células neuronais. O cerne desses exemplos de recuperação reside primeiro no fato de que o sistema nervoso central possui pluripotencialidades e, segundo, no desenvolvimento de técnicas muito mais capazes de estimular as conexões nervosas que as praticadas quando a medicina era centrada exclusivamente no paradigma mecanicista.

A pessoa consciente de suas potencialidades pode ampliar em muito a sua visão ao longo de sua vida, na medida em que se utiliza do potencial da multiplicação das conexões neuronais como uma extensão fisiológica natural do aprendizado advindo das experiências e da expansão da consciência. Desta forma, pessoas com esta consciência tornam-se verdadeiros sábios e exemplos para novas gerações.

No processo de envelhecimento saudável perdem-se neurônios, mas ganham-se sabedoria e visão alargada da vida. Eis uma dádiva maravilhosa da mãe natureza!

Autotransformação e cura

A capacidade natural de ampliar a função cerebral é diretamente proporcional à abertura para novas experiências e ao aprendizado de novas habilidades. Um desses aprendizados é a consciência de si mesmo no processo de superação das dificuldades e de autoaperfeiçoamento. A esse processo damos o nome de Consciência Autocurativa.

O termo Consciência Autocurativa refere-se à capacidade do ser humano de curar-se através de mecanismos naturais, utilizando-se de caminhos não convencionais, de práticas terapêuticas diferenciadas e de estados não ordinários de consciência, habitualmente conhecidos como estados alterados de consciência. Trata-se do fenômeno da autotransformação através da expansão da consciência e do contato com a Consciência Universal; é um processo de ampliação da capacidade humana para ir além da realidade objetiva e alcançar a realidade sutil da vida. Ao mesmo tempo, a Consciência Autocurativa fomenta os mecanismos de promoção da saúde pessoal em todos os níveis e, por se tratar de um processo consciente, seus adeptos disseminam a energia deste aprendizado contribuindo para a saúde da humanidade, pois:

A potencialização da autotransformação e, em consequência, da saúde é um processo de expansão que ultrapassa o ego (personalidade), e atinge a consciência do EU interior (self), superando o limite do si mesmo e integrando-se à Consciência Universal.

A busca da Consciência Autocurativa através dos Sete Passos para a Autocura pode ser vista como uma atividade mental consciente, intencional e contínua no sentido da preservação da saúde física e psíquica, através do acionamento de forças interiores (do self) e daquelas advindas do Cosmo, como elementos eficazes no enfrentamento das adversidades pessoais e do grupamento humano.


A proposta dos Sete Passos para a Autocura e o desenvolvimento da Consciência Autocurativa, parte do princípio de que o ser humano tem o poder de transformar a si mesmo e de transformar o mundo.


Este é o nosso lema e é por essa direção que vamos aprofundar aspectos da caminhada e do desenvolvimento humano que possibilitem a conquista de uma vida plena para si e para nosso planeta, nossa casa, nossa Mãe Terra – o ser Gaia Acreditamos, portanto, que o Programa de Desenvolvimento da Consciência Autocurativa – cujo cerne são os sete passos da autocura – é um caminho eficaz para ajudar na superação das doenças, e, mais que isso, um caminho para se usufruir uma vida com alegria, qualidade e sentido. Nessa perspectiva, adota-se uma interação melhor com as pessoas à volta, desenvolve-se o autocrescimento e motiva-se a construção coletiva de seres humanos melhores, contribuindo assim para o crescimento da sociedade como um todo.


Quando uma pessoa se torna mais feliz e plena pela autorrealização, ela irradia estímulos positivos para as demais e contribui para a ampliação da consciência coletiva. A realização pessoal é o ponto de partida para termos uma humanidade mais plena e realizada; e o crescimento coletivo reflete de volta e nos impulsiona no processo evolutivo.

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