Os 7 obstáculos para a autotransformação

Os 7 obstáculos para a autotransformação
A Terapia Transessencial enfrenta sete inimigos, como o medo do desconhecido e a resistência à mudança. Casos clínicos mostram como superar essas barreiras, promovendo a autotransformação.

Como forma de entender melhor as dificuldades enfrentadas pelos pacientes para alcançar as transformações necessárias para a superação, é importante compreender, com mais cuidado, os obstáculos que levam a essas dificuldades.

Essas dificuldades estão impregnados na história de vida das pessoas, quase como uma segunda pele, um código transgeracional, muitas vezes herdados ou aprendidos do ambiente familiar e do entorno. As crianças absorvem as vivências familiares, que passam a ser um arcabouço estruturante de sua personalidade.

Por sua generosidade a criança introjeta o meio, traz para si as dificuldades da familia e amortece as emoções dos pais ou responsáveis como forma de proteger as pessoas que ama e garantir o equilíbrio do grupo familiar.

Aqueles padrões emocionais, uma vez absorvidos, podem acompanhá-la por toda vida, gerando comportamentos repetitivos e até obsessivos.

Na prática da Terapia Transessencial, foram identificadas essas dificuldades como os sete inimigos da transformação pessoal resistências para a transformação.

São eles:

  1. Medo do desconhecido, daquilo que não lhe é familiar. O medo do novo acompanha muitas pessoas ao longo da vida, sobretudo aquelas que enfrentaram sofrimento ou traumas na infância. Geralmente acontece por imaginar que a qualquer momento ela irá se confrontar com impedimentos quando deixa a zona conhecida.
  2. Sentimento de culpa e arrependimento que acorrenta a pessoa ao passado, num processo de negatividade recorrente, impedindo-a de avançar. Nada há mais sofrido e paralisante do que os sentimentos de culpa por aquilo que pensou, falou ou fez ou mesmo por coisas que acha que deveria ter feito. Viver a vida pelo retrovisor impede a pessoa de aprender coisas novas, de ampliar seu campo de experiência e de desenvolver a resiliência.
  3. Apego à zona de conforto, embora doloroso e estagnante. Quantas vezes as situações são insuportáveis mas o comodismo e o medo do novo nos congelam e nos fazem mergulhar na apatia, no desânimo, numa vida sem vida.
  4. Tendência à autopiedade: é mais fácil ser vítima do que agente da mudança. Culpabilização do outro é fugir de si mesmo. Assumir a própria dor, a vida, o risco, é libertador. Libertar-se da queixa, da pena de si mesmo é crescimento, é expandir a consciência.
  5. Preconceitos e julgamentos em relação a tudo que esteja fora da identidade cultural, das crenças e visão de mundo. Aceitar o outro e a si mesmo é a chave para uma vida leve, amorosa, plena de realização.
  6. Descrença na superação e na autocura: desejo de que a cura venha do exterior, através de medicamentos e técnicas milagrosas. Na Terapia Transessencial a autocura acontece quando acreditamos que é possivel; quando nos transformamos e assumimos os caminhos e recursos necessários para a superação.
  7. Resistência à mudança motivada pela falta de segurança pessoal e de autoestima saudável. Conceituamos autoestima saudável quando a pessoa reconhece suas habilidades e talentos e, ao mesmo tempo, identifica dificuldades ou falta de entusiasmo em realizar determinada coisa. Ter consciência do que é fundamental e realizador na sua vida é encontrar um equilíbrio

Segundo Steven Pressfield (2), no seu livro A guerra da arte, a resistência à mudança é uma força intrínseca que impede a realização dos projetos e das vontades. Significa uma força opositora à caminhada em direção às realizações pessoais.

O comportamento resistente é sub-reptício, invade corpo, psiquismo, pensamentos e ações; age contra as grandes aspirações, impedindo-as de fluir, cronificando assim um processo já em curso.

Muitas vezes as pessoas sabem da necessidade de mudança, mas não conseguem mudar, repetindo o mesmo padrão de comportamento de forma inconsciente e compulsiva.

O caso clínico relatado abaixo é um exemplo de como a disponibilidade para mudança pode abreviar o sofrimento e acelerar a autotransformação:

Em sua primeira consulta, Luiza (nome fictício) me relatou que iniciou um processo de autocura a partir de uma palestra sobre a Terapia Transessencial. Segundo seu relato, durante a palestra ela anotou várias informações explicitadas sobre os campos da Terapia Transessencial e, nos dias seguintes, passou a identificar em si própria os campos da essência que ela percebia estarem disfuncionais. Começou, então, a tomar algumas providências por conta própria, já antecipando o tratamento profissional que decidira fazer: retomou paulatinamente os exercícios físicos e as caminhadas na natureza, tomando sol e curtindo as flores; incorporou alguns suplementos vitamínicos em sua dieta para combater o desânimo.

Continuou frequentando as consultas, e recebendo novas orientações de acordo com o aprofundamento de sua historia de vida. Reconheceu que sempre teve dificuldade de aceitar terapia ou outras abordagens integrativas, pois entendia que não eram “científicas”, mas o modelo da TTE explicitando os vários níveis da essência a partir dos seus sintomas e sentimentos, a convenceu da necessidade de incorporar algumas sugestões terapêuticas . E na sequencia na medida que ela melhorava se disponibilizava ainda mais para continuar o tratamento e ampliar seu leque terapêutico.

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